quinta-feira, 27 de março de 2014

ORAÇÃO NO DIA MUNDIAL DO TEATRO: PORTUGAL E EUROPA, 2014


ORAÇÃO NO DIA MUNDIAL DO TEATRO: 
PORTUGAL E EUROPA, 2014


Na minha caixa de e-mail apareceu uma mensagem que dizia: 

"Espalha este "Credo" e que os teus Amigos o voltem a espalhar e todos que o recebam o multilpliquem para circular no dia 27 de Março e sugiro que a diamos em alta voz nesse dia, como num abraço Inconsciente,mas vivo, do Universo.
Saudações de um Filósofo a um Artista, no abraço de Cidadania Comunitária. 
Não tenho medo em me mostrar, mas prefiro ser Voz Colectiva, como o Soldado, Desconhecido, a todos e cada um representando, assinando hoje como 
Téspis"

Aqui fica, então, Téspis.


"Não creio no Teatro dos Todos Poderosos, detentores dos Mares e das Terras, das fábricas e dos bancos, dos centros comerciais e dos tráficos de armas, drogas e Seres Humanos. E menos ainda no autodenominado Neoliberalismo, única Globalização através de Produtos Tóxicos Financeiros, que foi concebido pelo poder dos Espírito Santo, Ulrich, Amorim, Jardim Gonçalves e demais cáfila com os seus pares internacionais em escala maior, nascidos do bojo do Capitalismo Selvagem, que faz padecer os Humilhados e Ofendidos do Mundo, lavado pelas mãos da dita Terceira Vaga da Social-Democracia, crucificando-os em nome do deus Mercado, morto e sepultado um dia nas nossas Utopias, e desceu aos quintos dos infernos de Auschwitz, Guantánamo e outros, e daí ressuscitou com indumentária democrática aposta a um segundo Terceiro Reich, subiu aos céus em caças de guerra, satélites e drones de controlo, está sentado à extrema-direita de todos os ditadores e pais da tirania, donde há-de vir a julgar os vivos e mortos que se lhe oponham ou atrevam a sequer divergir, para acabar com qualquer réstia de Humanismo e um terço ou mais da Humanidade.

Creio no Teatro que exalta o Homem na sua integralidade dos Direitos Materiais, da Vivência Espiritual, nos palcos onde a Verdade, a Beleza e o Amor falam mais alto do que o medo; na Comunhão de todas as Pessoas contra o novo Holocausto, no reconhecimento das nossas Responsabilidades e remissão dos nossos compromissos com o Monstro, na remissão das nossas aceitações covardes, na Ressurreição de todos os Excluídos do Mundo, na Eterna Ética da Dignidade.

Amén."

Mensagem Dia Mundial do Teatro 2014, de Brett Bailey



"Onde quer que exista a sociedade humana, o seu Espírito irrepressível de Representação manifesta-se.

Nas pequenas aldeias e em palcos ultra modernos nas grandes metrópoles. Nos espaços de recreio nas escolas, nos campos e em templos; em bairros de lata, em praças nas grandes cidades e nos centros comunitários as pessoas congregam-se para comungar os mundos efémeros do teatro que criamos para exprimir a nossa complexidade humana, a nossa diversidade, a nossa vulnerabilidade, em “carne viva”, em respiração e em voz.

Juntamo-nos para chorar e para relembrar; para rir e para contemplar; para aprender, afirmar e imaginar. Para nos maravilharmos com a destreza técnica e para encarnar os deuses. Para suster o nosso sopro vital perante a nossa capacidade para a beleza, a compaixão, a monstruosidade. Vimos para obter a energia e o poder. Para celebrar a riqueza das nossas culturas tão diferentes, e para dissolver as fronteiras que nos dividem.

Onde quer que exista a sociedade humana, o seu Espírito irrepressível de Representação manifesta-se. Nascido da comunidade, transporta as máscaras e os costumes das nossas diferentes tradições. Explora as nossas linguagens, os ritmos e os gestos e abre um espaço entre nós.

E nós, os artistas que trabalhamos com este espírito ancestral, sentimo-nos compelidos para o canalizar através dos nossos corações, das nossas ideias e dos nossos corpos para poder revelar as nossas realidades em toda a sua mundanidade e mistério.

Mas, nesta era em que tantos milhões lutam desesperadamente por sobreviver, sofrem sob regimes opressores e capitalismos predatórios, e fogem de conflitos e de provações; em que a nossa privacidade é invadida por serviços secretos e que as nossas palavras são censuradas por governos intrusivos e sem escrúpulos; em que florestas inteiras são aniquiladas, espécies exterminadas e oceanos são envenenados: o que é que é necessário revelar?

Neste mundo de poder desigual em que várias ordens hegemónicas tentam convencer-nos que uma nação, uma raça, um género, uma preferência sexual, uma religião, uma ideologia, uma estrutura cultural é superior a todas as outras, será que podemos afirmar categoricamente que as artes devem estar separadas da agenda social?

Estaremos nós, os artistas das arenas e dos palcos, conformados com as exigências do mercado, ou deveremos usar o poder que temos para abrir um espaço de reflexão no coração e na mente das sociedades, para unir as pessoas em torno de nós, para inspirá-las, encantá-las e informa-las, criando um mundo de esperança e de solidariedade sincera?"

(tradução de Fernando Rodrigues)

sábado, 22 de março de 2014



Dos "diários de bordo" de Susana Vitorino em Susana Vitorino Unplugged:
"Palavras que se repetem. E repetem. E repetem. E... às vezes nada soa como eu acho que devia soar. A minha directora, Luísa Ortigoso, hoje parecia o Mourinho!"

E digo eu: Exageros de uma actriz enquanto "sofre" a criação...



Em Abril, no Teatro Rápido. Check Mater.
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