domingo, 21 de agosto de 2016




"Dentro" - Cidália
(RTP1/HOP)


Estreia dia 8 de  Setembro!

https://www.facebook.com/rtp/videos/10154318858007976/

domingo, 24 de abril de 2016

"Mater" - Novo projecto da Teatro Livre

Ontem andámos a vídeogravar em Alcochete. Temos um novo projecto. "Mater". Fica aqui um bocadinho (pequenino) do making of registado pela Xana Cepinha. Amanhã, volto com mais novidades.






sábado, 23 de abril de 2016

Conversas com Futuro dentro.

Ontem fui à Escola Superior de Educação de Setúbal (Instituto Politécnico) participar no ciclo de aulas abertas. O tema que me coube: "o trabalho do actor em Portugal". Gostei muito. Gostei de conversar com aquela gente com futuro dentro. De caminho, pude ver o cuidado que Siza Vieira teve com o sobreiro centenário que por ali já vivia aquando da construção da escola e da luz que fez irradiar para dentro de um edifício de conhecimento. Obrigada!





segunda-feira, 11 de abril de 2016

"Carreira"

Este ano são 37. Completo hoje 37 anos de "carreira". Se fossem 28, "casava os anos"...  a "carreira".


Pois é. Mas a verdade é que nada se alterou do ano passado para este. Continuamos sem estatuto profissional, os nossos direitos continuam reduzidos à expressão mais simples e a unidade no sector também. Mais sócios o CENA sindicato tivesse, mais força teria a negociar estas coisas com quem de direito. Mas a malta acha que ser sócio do sindicato é careta... Nunca experimentaram outra coisa. Mas os da minha geração e os das gerações anteriores já experimentaram. Já tivemos carteira profissional, contratos de trabalho, descontos equivalentes para a segurança social. Eu até tive subsídio de maternidade e baixa por doença e subsídio de férias e de natal, vejam lá! Pois... Foi numa altura em que a malta conquistou umas coisas. Depois... depois o outro lembrou-se dos recibos verdes, mandou as carteiras profissionais às urtigas e a malta calou-se. E foi colectar-se às finanças.  E depois não querem que eu escreva carreira com aspas. 
Ainda estamos a tempo. 
Inscrevam-se no sindicato, pá! Actores, Músicos, Bailarinos, Técnicos, TODOS os trabalhadores do espectáculo e do audiovisual! Acordai, gente!


Quero mais 37 anos disto de ser o que sou, mas também quero condições, faço-me entender?
E pronto. Por hoje é só. 
Até já.

Ah, esperem! Ainda me falta dar os abraços do costume, aos "suspeitos" do costume. 
OBRIGADA! ❤️



domingo, 10 de abril de 2016

"Portugal Não Está À Venda" - Cinema Português

Alguns registos das filmagens.
Filme do querido e talentoso André Badalo. Cada momento com alegria e entrega e prazer. Com os queridos colegas e excelentes actores Cucha Carvalheiro, Orlando Costa, Maria José Paschoal, Pedro Carvalho e Hugo Costa Ramos. Privilégio.













domingo, 27 de março de 2016


Mensagem do Dia Mundial do Teatro 2016


27 de março 2016.
Mensagem de Anatoli Vassiliev.
Será que precisamos de teatro?
Essa é a pergunta que milhares de profissionais de teatro, dececionados com ele, e milhões de pessoas, que dele estão cansadas, fazem vezes sem conta.
Para que precisamos dele?
Anos estes em que a cena parece tão insignificante, quando comparada com as praças das cidades e com os territórios dos estados, onde as tragédias autênticas da vida real estão a decorrer.
O que é isso para nós?
Galerias banhadas a ouro e balcões das salas de teatro, poltronas de veludo, laterais de palco sujas, e as muito límpidas vozes dos atores – ou vice-versa, algo que pode surgir aparentemente bem diferente: caixas pretas, manchadas de lodo e sangue, com uma porção de corpos nus e raivosos no seu interior.
O que é que isto nos é capaz de dizer?
Tudo!
O teatro pode dizer-nos tudo.
Como os deuses habitam no céu, e como prisioneiros definham em subterrâneos esquecidos, e como a paixão nos pode elevar, e como o amor pode ruir, e de como ninguém necessita de uma boa pessoa neste mundo, e como a deceção reina, e como as pessoas vivem em apartamentos, enquanto as crianças tiritam em campos de refugiados, e como todos eles têm de voltar para o deserto, e como dia após dia somos forçados a separar-nos daqueles que amamos – O teatro pode contar tudo.
O teatro esteve sempre aqui e permanecerá para sempre.
E agora, nestes últimos cinquenta ou setenta anos, ele é particularmente necessário.
Porque se olharmos para todas as artes públicas, podemos ver de imediato o que o só o teatro é capaz de nos dar – uma palavra de boca a boca, um olhar de olhos nos olhos, um gesto de mão para mão, e de corpo para corpo.
O teatro não precisa de nenhum intermediário para poder exercer a sua ação entre os seres humanos – ele constitui o lado mais transparente da luz, não pertencendo nem ao sul, nem ao norte, nem ao leste ou ao oeste – oh não, ele é a essência da luz em si mesma, brilhando de todos os quatro cantos do mundo, imediatamente reconhecível por qualquer pessoa, seja hostil ou amistosa para com ele.
E precisamos do teatro que permaneça sempre diferente; precisamos de teatro de muitos tipos diferentes.
Penso ainda que de todas as formas possíveis de teatro, as suas formas mais arcaicas serão aquelas que chamarão sobre si um maior apelo. O teatro de formas rituais não deve ser artificialmente oposto ao das designadas nações “civilizadas”. A cultura secular está a ser mais e mais lugar de emasculação, e nela a chamada «informação cultural» está gradualmente a substituir e a expulsar de si as entidades portadoras de singularidade, assim como a nossa esperança de um dia as poder vir a conhecer.
Mas uma coisa eu posso ver agora claramente: O teatro está a abrir as suas portas amplamente. Entrada gratuita para todos sem exceção.
Para o inferno com gadgets e computadores – simplesmente venham ao teatro; ocupem filas inteiras nas bancadas e nas galerias, oiçam a palavra e contemplem as imagens vivas! – é o teatro que está à vossa frente, não o negligenciem nem desperdicem a oportunidade de participar nele – talvez seja a oportunidade mais preciosa que podemos partilhar nas nossas vidas vãs e apressadas.
Precisamos de todo e cada tipo de teatro.
Há apenas um teatro de que ninguém por certo sentirá falta – refiro-me ao teatro dos jogos políticos, o teatro das armadilhas políticas, o teatro dos políticos, o teatro fútil da política.
Do que nós certamente não necessitamos é de um teatro de terror diário – seja ele individual ou coletivo, do que não precisamos mesmo é do teatro de cadáveres e de sangue nas ruas e nas praças, nas capitais ou nas províncias, um teatro falseado de confrontos entre religiões ou grupos étnicos…
Tradução a partir do inglês: Margarida Saraiva | Revisão: Armando Nascimento Rosa
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